Hoje trago aqui no #8M uma reflexão sobre narrativa feminina e sobre como nós gostamos de escrever nossa história.
Se vc estudou storytelling já deve ter topado com a “Jornada do Herói”. É uma estrutura narrativa para contar uma história, surgida através de estudos de mitologia, centrada em padrões na formação de um herói. Não é bem uma narrativa apenas para personagens masculinos, estas estruturas não possuem gênero específico e o correto é que ela possui uma energia masculina. Mas existe uma outra estrutura, centrada na energia feminina: A promessa da virgem.
Foi proposta pela escritora Kim Hudson, que após anos de estudos encontrou padrões e arquétipos em Contos de Fadas e relacionando-os com arquétipos Jungianos. Nesta narrativa a virgem não é o interesse romântico de um herói, mas sim a protagonista de sua própria história (que refresco não?).
A diferença básica entre os dois arquétipos e suas jornadas: o herói passa por uma jornada exterior e a jornada da Virgem é interna.
Primordialmente é uma mulher que diz não: aos padrões, confronta uma promessa, uma expectativa ou/e pressão social…a personagem busca a resposta para a pergunta: “Quem eu sou e o que quero fazer no mundo, sem ser o que querem que eu faça?”. Sua jornada é baseada em autoconhecimento e auto-aceitação. É vezes é mais difícil olhar ao redor e ver o quanto somos oprimidas em nosso próprio lar, como somos pressionadas em nosso próprio núcleo social…
Se identifica?
- quem nunca todo dia ?
A primeira mulher que disse não
Lembrei de uma aula do Bernardo de Gregório onde ele explica a primeira revolução civilizatória: a mulher que disse não ao ritual de fecundidade e foi por isso isolada de sua comunidade. Expulsas para morar na floresta, algumas conseguiram sobreviver domesticando gato (para ajudar com pequenas caças), estudando ervas e fungos comestíveis.
Aqui mais sobre a estrutura da promessa: